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Mostrando postagens de agosto 24, 2008

Batman é o Rockfeller com asas

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Arnaldo Jabor Fui ver o "Batman" de novo e, como o Xexéo disse, vi um filme diferente. Não do que ele assistiu, mas diferente do que eu tinha visto. Muita coisa tinha me escapado, não porque o filme seja complexo, mas porque é emaranhado. Isso. Assim como o mistério da arte é abolido no entretenimento (palavra-chave do show business), nos atuais filmes de ação, a complexidade é substituída por um simulacro: o proposital emaranhamento que nos dá a sensação de profundo. Porém, se descascamos as camadas de significação, em meio ao enxame de efeitos especiais, da montagem frenética, incessante, podemos ver Batman como sintoma, como queriam os antigos professores da filmologia francesa. Assim, tento apontar indícios do mundo que produziu Batman e alguns fatos e sentimentos inconscientes que ele evoca. Nos filmes violentíssimos dos anos 70, com atores brutais como Sylvester Stallone, Hollywood inventou o prazer do sangue, das facas dentadas, dos peitos estourados, das metralhadoras